GEORGE SILVER
INOCENTE INDECENTE
Label: Panama Papers
Released: May 2022
EN
“ George Silver's (aka André Neves) record is a dialectical exercise around impulse and form; an attempt to channel the flow that precedes language and to stop, listen, and go back under the commitment not to compromise it. A conversation from himself about creating with the awareness that everything already seems to have been created, without losing the awe of revelation.
The ten themes of the record (composed and recorded during 2021 and under the auspices of the Creation Scholarship of the OUT. RA) crosses territories of transcultural beatific contemplation (like in "Jardim", a meditation of meeting between Brazil, West Africa and Southwest Asia), of electronic chill for a restless sunset ("Insultório" or "Pessoas são ilhas") or of synthpunk (in "Bom petisco" we imagine, as if heard from the other side of the river, a collaboration between Suicide and Scúru Fitchádu), to end placidly in a Parisian esplanade not-necessarily of this century ("Última rodada").
Between transversal motives that permanently refer to the music of a fourth world that is all civilizations and none in particular, Silver's being-in-the-world is revealed - in all places and in all times where his music is imagined, inside the flux that precedes his language, everything is known but nothing is known.”
- Rui Pedro Dâmaso
PT
“O disco de George Silver (aka André Neves) é um exercício dialético em torno do impulso e da forma; uma tentativa de canalizar o fluxo que precede a linguagem e de parar, ouvir, e voltar atrás sob o compromisso de não o comprometer. Uma conversa de si para sobre criar com a consciência de que já tudo parece ter sido criado, sem que se perca o espanto da revelação.
A dezena de temas do disco (composto e gravado ao longo de 2021 e ao abrigo da Bolsa de Criação da OUT.RA - Associação Cultural) atravessa territórios de contemplação beatífica transcultural (como em “Jardim”, meditação de encontro entre Brasil, África Ocidental e o Sudoeste Asiático), de eletrónica chill para um sunset inquieto (“Insultório” ou “Pessoas são ilhas”) ou de synthpunk (em “Bom petisco” imaginamos, como se ouvida do outro lado do rio, uma colaboração entre os Suicide e os Scúru Fitchádu), para acabar placidamente numa esplanada parisiense não-necessariamente deste século (“Última rodada”).
Entre motivos transversais que remetem em permanência para a música de um fourth world que são todas as civilizações e nenhuma em particular, revela-se o ser-no-mundo de Silver – em todas as partes e em todas as épocas onde se imagine a sua música, no interior do fluxo que lhe precede a linguagem, sabe-se de tudo mas sabe-se nada.”
- Rui Pedro Dâmaso