FRANCISCO PEDRO OLIVEIRA
Bolborihno
Label: Self-released
Released: December 2023
Album cover image: FPO
Design and Typework: Inês Aleixo
EN
"When there is a whirlwind, which people in Beira-Alta and elsewhere call a borborinho, it is believed that the Devil, witches or something evil is in the air. In order for these beings to escape, they make a cross with their hand (...) or throw an open penknife at them, - in which case a -Feiticeira [perhaps a Witch] comes out of the borborinho. (Moncorvo). It is also believed that in the balborinho (borborinho) go, not so much the Devils, as the lost souls who didn't enter heaven because they didn't make certain restitutions to the living. (...) In Guimarães I heard that when the balborinho raises many leaves, a Devil goes in each leaf. " - Dr José Leite Vasconcellos, Tradições Populares Portuguesas, 1882
At the heart of "Bolborinho" lies a collection of stories, steeped in Portuguese folklore, where whirlwinds are not just meteorological phenomena but gateways to mystical encounters. Legend has it that in the corners of Portugal, a toss of an open penknife into said whirlwinds could conjure a witch, unveiling tales of magic and mystery.
Francisco Pedro Oliveira sets out on an introspective journey through the echoes of grief, the delicate art of waiting, and the profound conversations with one's own thoughts through the slightest air movements on the pipes of the organ from Sé Catedral de Lamego.
(text taken from the bandcamp's description, only for the purpose of dissemination and sharing)
PT
"Quando há um remoinho, a que o povo da Beira-Alta e de outros lugares chama borborinho, acredita-se que o Diabo, as bruxas ou alguma coisa má está no ar. Para que esses seres escapem, faz-se uma cruz com a mão (...) ou atira-se-lhes um canivete aberto, - caso em que sai do borborinho uma - Feiticeira. (Moncorvo). Acredita-se também que no balborinho (borborinho) vão, não tanto os Demónios, mas as almas perdidas que não entraram no céu por não terem feito certas restituições aos vivos. (...) Em Guimarães ouvi dizer que quando o balborinho levanta muitas folhas, vai um Diabo em cada folha. "Dr. José Leite Vasconcellos, Tradições Populares Portuguesas, 1882
No coração de “Bolborinho” encontra-se uma coleção de histórias, impregnadas de folclore português, onde os redemoinhos não são apenas fenómenos meteorológicos, mas portas de entrada para encontros místicos. Reza a lenda que, nos cantos de Portugal, o arremesso de um canivete aberto para dentro desses remoinhos poderia conjurar uma bruxa, revelando histórias de magia e mistério.
Francisco Pedro Oliveira faz uma viagem introspectiva pelos ecos do luto, pela delicada arte da espera e pelas conversas profundas com o próprio pensamento através dos mais ligeiros movimentos de ar nos tubos do órgão da Sé Catedral de Lamego.
(texto retitrado da descrição no bandcamp, apenas com o intuito de divulgação e partilha)
